APNÉIA DO SONO

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A apneia do sono é uma alteração caracterizada por pausas respiratórias que podem ocorrer enquanto dormimos. Há três tipos de apneia:

 

  • Apneia obstrutiva do sono: É a forma mais comum da apneia do sono, na qual os músculos da orofaringe relaxam, obstruindo as vias aéreas e tornando a respiração difícil e barulhenta. O colapso das paredes das vias aéreas pode bloquear totalmente a respiração. A síndrome da apneia obstrutiva do sono é a que ocorre com mais frequência na população adulta, afetando 4% dos homens e 2% das mulheres. O grande problema é que, por conta das paradas respiratórias, essas pessoas têm um sono de má qualidade. Frequentemente apresentam excessiva sonolência diurna, o que aumenta o risco de acidentes automobilísticos, e também ficam mais predispostas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

 

  • Apneia central do sono: Nessa forma de apneia do sono, as vias aéreas estão abertas, mas o diafragma e os músculos do tórax param de trabalhar. Os níveis de oxigênio caem e sinalizam para o cérebro, provocando o despertar e a recuperação da respiração. A apneia central do sono torna-se mais comum com a idade. Ele se torna mais frequente e grave em pessoas que têm insuficiência cardíaca congestiva ou distúrbios neurológicos.

 

  • Apneia mista: tem componente central e obstrutivo.

 

Causas e sintomas

 

O ronco alto é o sintoma mais comum. Além deste sintoma, o indivíduo pode apresentar engasgos e sensação de sufocação durante o sono, cansaço, confusão e dor de cabeça ao acordar, sonolência excessiva diurna, dificuldade de memória e concentração, irritabilidade e depressão. O quadro também costuma ser acompanhado de obesidade, de hipertensão arterial e, nos homens, de impotência sexual.

A obstrutiva decorre de um colapso ou estreitamento da faringe, que podem ser causados por múltiplos fatores, e é exacerbada com o uso de álcool e sedativos – por provocarem relaxamento da musculatura local –, de alterações anatômicas nas vias aéreas superiores, de defeitos no esqueleto facial, da presença de tumores e cistos na região e da obesidade – por causa do acúmulo de gordura ao redor da faringe. Já a apnéia central, que é mais rara, pode estar associada a problemas neurológicos e cardíacos.

 

Exames e diagnósticos

 

O diagnóstico depende da avaliação da história do indivíduo, do conjunto de sintomas e, sobretudo, dos resultados da polissonografia, exame que monitora vários parâmetros durante o sono, entre os quais a atividade elétrica cerebral, a movimentação dos olhos, dos membros e dos músculos, a respiração, os batimentos cardíacos e a oxigenação sangüínea. Dessa forma, o método consegue identificar, quantificar e classificar os episódios de parada respiratória.

 

Tratamento e prevenções

 

O tratamento depende da gravidade de cada caso. Mas medidas comportamentais são sempre indicadas, como:

  • Perda de peso;
  • Evitar a ingestão de álcool antes de dormir;
  • Evitar remédios para dormir (muitos remédios podem deprimir a respiração e piorar a apnéia);
  • Dormir de lado;
  • Uso de medicações que aliviam a congestão nasal.

 

Os tratamentos específicos são:

  • Um aparelho chamado CPAP (pressão aérea positiva contínua), que é uma terapia altamente eficaz: uma máscara é colocada no nariz e um compressor de ar força a entrada do ar dentro do nariz e nas vias aéreas. Essa pequena pressão mantém as vias aéreas abertas e permite que a pessoa durma e respire normalmente;
  • Aparelhos intra-orais: são aparelhos que abrem as vias aéreas reposicionando o queixo, a língua e o palato mole;
  • Cirurgias: podem corrigir anormalidades que comprometem a respiração durante o sono, como amígdalas aumentadas, pólipos nasais, desvio do septo nasal e malformações do queixo e do palato mole;
  • Oxigênio: suplemento de oxigênio é raramente utilizado no tratamento da apnéia do sono. Porém o oxigênio pode ser adicionado ao CPAP para corrigir os baixos níveis de oxigênio decorrentes, por exemplo, da existência de uma doença cardíaca ou pulmonar.

É possível prevenir a apneia obstrutiva com a manutenção, ao longo de toda a vida, de um estilo de vida saudável, o que inclui horários regulares de sono, alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, para controlar o peso, e distância do cigarro e das bebidas alcoólicas, especialmente perto da hora de dormir. Para as crianças, particularmente, convém verificar com o pediatra a necessidade de extrair adenóide e amígdalas se crescerem excessivamente. Demais anomalias nas vias aéreas superiores ou nos ossos da face igualmente devem ser tratadas o quanto antes para impedir que se reflitam de forma mais grave na qualidade do sono. Por último, quem recebe reclamações freqüentes por causa de seu ronco não deve considerar esse sinal um fato normal, mas sim procurar esclarecer a causa do sintoma, que, em muitos casos, vai ser mesmo a apneia.

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