A influenza A (H1N1), que ficou conhecida como gripe suína, é uma forma de gripe que começa nos porcos e passa para o ser humano. O surto atual, que vem registrando milhares de casos ao redor do mundo, é causado por um vírus com alto grau de letalidade.
Segundo dados disponíveis até o momento, o vírus tem matado seis em cada cem pessoas, principalmente jovens, o que não é habitual nos casos de gripe.
Causas e sintomas
O vírus da gripe suína é transmitido por gotículas de saliva, seja do porco para o ser humano, ou de ser humano para ser humano. Pode ser transmitido também, em um grau menor, a partir do contato com as mãos de uma pessoa contaminada, ao coçarmos o nariz e olhos. Não há possibilidade de transmissão via consumo de carne de porco frita ou cozida, já que o vírus é inativado pelo calor.
As informações disponíveis até o momento mostram que o surto atual de gripe suína parece ser convencional, ou seja, os sintomas são febre muita alta, acima de 39º C (alguns países estão fazendo alerta para febre acima de 38,5º C), dores musculares, dor de cabeça, dor nas juntas e articulações e ardor nos olhos. Em alguns casos registrados no México, pacientes também tiveram diarréia associada aos demais sintomas, mas este dado clínico não costuma ser habitual.
Uma característica importante da doença é que ela começa abruptamente e tem instalação muito rápida, com período de incubação – do contágio até as primeiras manifestações de sintomas – de um a dois dias. Alguns países, por precaução, estão ampliando esse período de incubação para quatro dias.
Exames e diagnósticos
O método de diagnóstico usado atualmente na rotina dos laboratórios é capaz de detectar o vírus influenza, mas não de dizer se é o envolvido na gripe suína. No mundo, existem hoje apenas cinco laboratórios capazes de diferenciar o vírus da gripe suína a partir de testes moleculares muito específicos. Quando o teste para influenza, por sua vez, dá negativo, significa que a pessoa não tem o vírus suíno.
Tratamento e prevenções
Ainda não existe uma vacina específica contra o atual vírus da gripe suína. A partir do momento em que se consegue identificar um vírus novo, o processo de produção da vacina demora cerca de seis meses. A vacina atual contra o vírusinfluenza, portanto, não protege contra a gripe suína.
No que tange à prevenção, algumas medidas podem ser tomadas. Por exemplo, para quem vai ao México nesse momento, se possível, é melhor postergar a viagem. Se a mesma não puder ser adiada, aconselha-se evitar aglomerações e seguir as determinações das autoridades locais.